Personalidades paraenses falam sobre divisão do PA

Personalidades paraenses falam sobre divisão do PA (Foto: Acemprol)Os jogadores de futebol Paulo Henrique Ganso e Pará, e os artistas Fafá de Belém, Dira Paes e Beto Barbosa se pronunciaram contra a divisão do Estado do Pará em entrevista realizada pelo UOL Notícias.
O meia Paulo Henrique Ganso, natural de Ananindeua (região metropolitana de Belém), e o lateral-esquerdo Pará, de São João do Araguaia (região de Carajás), ambos dos Santos Futebol Clube, são contrários à divisão do Estado e devem participar de uma campanha junto à OAB-PA (Ordem dos Advogados do Brasil no Pará).
Outra contrária à divisão é a cantora Fafá de Belém, que mora há 29 anos em São Paulo, mas diz conhecer o Pará inteiro: “do Baixo Amazonas à Conceição do Araguaia, passando pelo Xingu, zona do Salgado e todos seus rios, braços de rio, igarapés e paranás... E não esquecendo de Marajó, Caviana e Mexiana. Sou de um país que se chama Pará!”.
Símbolo do Estado, Fafá diz que a separação dividiria “um povo e seu sentimento”. “No caso do nosso Pará, dividir seria nos arrancar o paraensismo do qual somos fruto e raiz”, diz a cantora.
Natural de Abaetetuba (cidade a 101 km de Belém), que fica na porção remanescente, caso a divisão fosse aprovada, a atriz Dira Paes afirma que a cisão aprofundaria a desigualdade no Estado.
“O Pará vem sofrendo sistematicamente uma exploração, desregrada e indevida, desde a década de 70. Suas riquezas são dilaceradas por empreendimentos que visam apenas o lucro, sem se preocuparem com o ambiente e os habitantes. Essa divisão beneficia somente os que lucrarão ainda mais com o esfacelamento de uma cultura única e original”, afirma.
A atriz, que já está fazendo campanha contra a divisão, acredita que a separação oneraria a União. “O retorno dos lucros dos exploradores não seria investido no Pará. A União teria que arcar com os custos da divisão”, diz.
Já o cantor Beto Barbosa, que nasceu em Belém, mas morou boa parte da vida no Ceará e em São Paulo, é a favor da divisão. “Todo dinheiro do Pará vai para Belém, e nada se faz pelo resto do Estado. Esse dinheiro fica na capital, mal administrado. É uma coisa secular, histórica. Há municípios que ficam a 1.800 km de Belém, onde o governo não chega”, disse.
Do lado das frentes favoráveis à criação de Carajás e Tapajós está o publicitário Duda Mendonça, que já está trabalhando na campanha. (Informações do site UOL)

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