Está na hora de repensar o Enem

Desde o ano passado o Enem ganhou uma grande importância, quando vários reitores de universidades federais aceitaram a adoção da prova como substituto do vestibular.
A princípio a iniciativa é louvável, por vários motivos. Para começar, temos a oportunidade de, em apenas um exame, concorrer a várias instituições no país. Além disso, há uma clara fuga dos cursinhos decorebas, que virou uma indústria vergonhosa no Brasil, pois desperdiça recursos das famílias apenas como entrada nas universidades avançando pouco no resultado educacional, com musiquinhas para decorar respostas.
É normal que nas primeiras tentativas e experiências, não importa do que, saiam frustradas ou incompletas, porém, com o tempo - sempre ele -, o aprendizado vai se aprofundando e o projeto ou plano se acertando. Com o ENEM, no entanto, acontece exatamente o inverso.
 Apenas raciocínios lógicos e claros, no entanto, MEC, INEP e gráfica conseguem se superar na incompetência, na medida em que deslizes graves prejudicam jovens e esperançosos alunos.Para quem estava acostumado com a tranquilidade dos vestibulares das universidades federais, com a organização de todo o processo, tudo dentro da normalidade, parece que não foi uma boa troca esta pelo Enem. Este exame envolve milhões de estudantes ao mesmo tempo, o que amplifica a tensão, as tentativas de fraude e as noites mal dormidas.
 Está na hora de repensar o sistema do Enem, criado com a melhor das intenções, mas cuja logística em um país continental compromete a credibilidade. 

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