UFPA pedirá nova vistoria em curso de medicina

A Universidade Federal do Pará (UFPA) garante que já cumpriu a maior parte das determinações do Ministério da Educação (MEC) em relação ao curso de medicina e que apresentará um relatório de gestão ao Conselho Nacional de Educação mostrando as melhorias no curso. Quem garante é o reitor da UFPA, Carlos Maneschy, que falou em coletiva, na tarde de ontem, junto com a diretora da Faculdade de Medicina, Tânia Costa.
A afirmação de Maneschy é uma resposta à publicação, pelo Diário Oficial da União (DOU), na última quinta-feira, de determinações do MEC para o corte de vagas em cursos superiores de medicina no país. Com relação ao Pará, O MEC determinou que a UFPA apresente, em 90 dias, o resultado sobre os procedimentos adotados para sanear os problemas detectados na avaliação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) realizado em 2007.
EXTINÇÃO
A UFPA pedirá ao MEC nova vistoria no semestre que vem. “Não há razão para o curso ser extinto. Nunca se cogitou isso”, completou o gestor. A UFPA pretende encaminhar um novo relatório para o Conselho Nacional de Educação, mostrando as mudanças.
A recomendação do MEC se baseia em uma inspeção feita na UFPA, após o Enade de 2007. Caso não solucione os problemas, o curso pode perder vaga ou até mesmo ser extinto.
Mas o reitor garante que as inspeções foram feitas antes das mudanças e que, desde 2009, foi feito um termo de saneamento das deficiências para resolver os problemas. “Nós respondemos boa parte deles, na infra-estrutura, projeto pedagógico e do corpo docente. Está claro que os avanços foram obtidos, apesar de ainda haver problemas”.
Maneschy diz que o novo projeto de ensino já foi implementado e que um novo prédio da Faculdade de Medicina está sendo construído no Campus do Guamá. “Acredito que boa parte das soluções nós já conseguimos apresentar. O que falta já está encaminhado como contratar mais profissionais e equipar laboratórios, que demandam tempo administrativo”.
Já Tânia Costa garante que 14 professores efetivos foram contratados este ano e mais dois serão chamados no início de 2011. “Vamos qualificar os professores com cursos de mestrado e doutorado nas áreas de Ciências Médicas e Oncologia”.
Para Wilson Machado, diretor do Sindicato dos Médicos, o ensino superior no Pará há tempos já vem tendo problemas de investimentos do governo federal. “O investimento é bem aquém do necessário. Os hospitais universitários vinham sofrendo problemas na sua estrutura e na tecnologia da medicina. Com os problemas de ensino, acaba se refletindo na qualidade. Os profissionais médicos trazem para a residência médica a ansiedade e a esperança de ali aprender e se qualificarem”. (Diário do Pará)

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