CF 2011: "Fraternidade e vida no planeta"

No próximo dia 9 de março, Quarta-feira de Cinzas, a Igreja Católica no país, através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, abrirá a Campanha da Fraternidade 2011, cujo tema será “Fraternidade e Vida no Planeta”, e o lema: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22). Na mesma ocasião, a Igreja celebrará a abertura da Quaresma, tempo forte no ano litúrgico para que os fiéis se preparem - pela oração, pelo jejum - para celebrar a Páscoa, ressurreição de Cristo.

O cartaz da CF-2011 está composto por uma arte em dois planos: uma fábrica ao fundo e no alto, com suas chaminés lançando fumaça na atmosfera, polui e degrada o ambiente; a água do rio que está mais abaixo está escura e suja, visivelmente devastada. Uma mureta separa os dois planos do cartaz: o plano inferior e mais vivo mostra uma pequena árvore com suas raízes coladas na mureta, ao lado de outra árvore mais verde dá o exemplo de resistência às devastações e denuncia que a criação geme em dores de parto (Rm 8,22). A borboleta mostra que ainda existe esperança, mesmo com vida curta, cumpre seu importante papel no ciclo natural do planeta.
    
A perspectiva da escolha do tema da Campanha da Fraternidade (feita há dois anos atrás pelo CONSEP – Conselho Episcopal de Pastoral - CNBB) situou-se na percepção das mudanças climáticas e do aquecimento global. O tempo está mudando: segundo dados do IPCC (Programa Intergovernamental de Mudanças Climáticas, da ONU – 1988), de 1750 até 2005 a temperatura média do planeta subiu de 2º C. Caso não haja alteração no avanço da emissão de dióxido de carbono na atmosfera, subirá até 4º C até 2050. 

No Brasil, Bispos da CNBB e as Comunidades de todas as nossas Dioceses, bem como os homens de boa vontade e senso ecológico constituem a Sociedade organizada que grita pela natureza agonizante: um S.O.S. para que o Planeta seja respeitado e consiga garantir as condições de vida para todos. Enquanto não houver uma reforma dos costumes e das políticas ecológicas nas pessoas e nos grupos, nos governos e nas empresas, a Terra vai continuar produzindo efeitos auto-defensivos, hostis à humanidade, como os que ultimamente tem se tornado apenas um alerta do quanto mais poderá acontecer.(Com informações da Arquidiocese de Belém)

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