Filho de Bolsonaro: 'Que pai tem orgulho de filho gay?'

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PP) defendeu o pai, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), durante entrevista publicada ontem no site da revista Alfa, das acusações de racismo e intolerância contra o movimento gay.
O deputado se tornou tema de polêmica desde que foi entrevistado no programa CQC, da TV Bandeirantes, quando, entre outras declarações, disse que não corria risco de ver os filhos namorando uma mulher negra – porque “foram muito bem educados”.
A pergunta foi formulada pela cantora Preta Gil. Na mesma entrevista, o deputado também disse que sempre foi um pai atento e que, por isso, os filhos não correriam o “risco” de se tornarem gays.
Na entrevista, o vereador declarou que nenhum pai tem orgulho de um filho gay e criticou políticas públicas voltadas para o movimento.
“Que pai tem orgulho de ter um filho gay? Acho que nenhum pai tem orgulho disso. Quando você tem 18 anos, faz o que quiser da sua vida, mas querer ensinar para uma garoto de seis anos”, declarou o vereador, para quem o movimento gay tenta “enfiar goela abaixo o que pensam, sem levar em consideração o que nós também pensamos”.
Carlos Bolsonaro negou também que o pai tenha dado uma declaração racista – “ temos amigos e funcionários que são isso (negros)” – e disse que o vídeo teve problemas de edição. “É uma injustiça acusá-lo de racista diante de uma sociedade totalmente tolerável. Nunca tivemos problemas com cores, qualquer que seja. A íntegra da fita do programa CQC foi pedida em Brasília. Vamos ver se existiu algum tipo de corte ou outro tipo de pergunta que motivou aquela resposta”.
O vereador, que hoje – aniversário do golpe militar de 1964 – a parabenizou as Forças Armadas pelo aniversário do regime militar democrático brasileiro, defendeu também a posição da família em defesa da ditadura, que, segundo ele, nunca existiu no Brasil. “A ditadura tem paredão. No Brasil não houve isso”, defendeu. (Último Segundo)

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