Escola quer medidas contra violência

Catraca eletrônica e policiamento na frente e nos arredores da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Ulysses Guimarães são algumas das reivindicações que o conselho de professores da escola apresenta hoje a um representante da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em uma reunião marcada para as 9h da manhã na escola. Segundo os professores, a insegurança ronda o local. São constantes os casos de arrastões na frente do colégio no final dos turnos. “Esse é nosso principal problema. Os assaltos acontecem com muita frequência. Não só os alunos como nós, professores, temos medo de sair do colégio e sermos assaltados. Os arrastões acontecem principalmente ao meio-dia, quando sai o turno da manhã, e às 18h, quando saem os da tarde e entram os alunos da noite. Por isso, queremos essa reunião para expor nossa situação”, explicou o presidente do conselho, o professor de biologia Robson Costa. A professora de química Isabel Serrão contou que sempre sai na frente dos alunos para averiguar como está a situação na frente da escola. “Eu costumo olhar antes de sair e, se tiver algum suspeito, eu aviso os alunos para terem cuidado. Já presenciei vários assaltos. Ano passado, dois menores roubaram alunos do Deodoro de Mendonça, levaram uma bicicleta e, quando passaram aqui na frente, foram puxando bolsas e tudo mais que eles podiam conseguir. Eu oriento os meus alunos a sempre saírem em grupo.”
IDENTIFICAÇÃO
Confecção de carteirinhas para identificar os alunos e professores também faz parte da demanda. “No final de janeiro, nós fomos vítimas de um assalto. Um adolescente entrou aqui, se identificou como aluno e disse que iria à secretaria, porém ele se dirigiu a uma sala onde estavam reunidos os professores e assaltou todo mundo. Agora estamos com algumas carteirinhas, mas de forma provisória, para os visitantes. A Seduc já disse que está disposta a nos ajudar. As nossas reivindicações são também de várias outras escolas”, observou a diretora Érica Gonçalves. A escola Ulysses Guimarães possui 2.600 alunos divididos em três turnos e está localizada no bairro de Nazaré. “Nossa localização é privilegiada. Estamos em um bairro nobre e outras escolas públicas e particulares funcionam por aqui. Os alunos são muito visados. Os assaltantes sabem que os alunos possuem celulares e aparelhos de MP3. Isso chama a atenção”, disse a professora Isabel Serrão. (Diário do Pará)

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