Em Carajás, 40% da população é de fora do Pará
O novo Estado de Carajás, que pode surgir a partir da divisão do Pará em três Estados, será formado por um grande número de pessoas que não nasceram no Pará, O plebiscito será realizado no dia 11 de dezembro.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 40% da população das 39 cidades que vão compor o novo Estado não é paraense: dos 1,4 milhão de habitantes de Carajás, 549 mil habitantes nasceram, por exemplo, em Goiás, Tocantins, Bahia, Minas Gerais, Piauí, Ceará e Maranhão.
Somente na eventual capital do novo Estado, Marabá, dos 233 mil habitantes, 70 mil não nasceram no Pará. Muitos destes novos moradores foram atraídos pelo pólo de siderurgia de Marabá e pela exploração do minério de ferro, de ouro, de manganês e de cobre em Parauapebas.
Somente na eventual capital do novo Estado, Marabá, dos 233 mil habitantes, 70 mil não nasceram no Pará. Muitos destes novos moradores foram atraídos pelo pólo de siderurgia de Marabá e pela exploração do minério de ferro, de ouro, de manganês e de cobre em Parauapebas.
Há cinco anos, o maranhense José Carlos Silva, de 42 anos, escolheu Marabá para viver. Vendedor autônomo, ele nasceu em São José de Ribamar, cidade na região metropolitana de São Luís, e resolveu se mudar para o Pará com a perspectiva de mudar de vida. “No Maranhão, eu não teria as oportunidades que estou tendo aqui. Não é um mar de rosas, mas ao menos não estou desempregado”, apontou Silva.
Hoje, o projeto de divisão do Pará é coordenado por pessoas de fora do Estado. A instituição do plebiscito foi idealizada, por exemplo, pelo deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA). Eleito pelo Pará, Queiroz é natural de Campina Verde (MG).
“Apesar de as lideranças não serem naturais do Pará, nós nos consideramos paraenses. Esse projeto de divisão é fruto do anseio dos paraenses e de pessoas que escolheram esse Estado para morar”, afirma o presidente da Comissão Brandão, uma das entidades que lideram o movimento separatista no Pará, José Soares de Moura e Silva. Silva nasceu no Tocantins. .
O líder da oposição ao projeto separatista, Zenaldo Coutinho, secretário da Casa Civil do governo do Pará, não vê relação entre o lugar onde as pessoas nasceram e a propensão delas em votar pela divisão do Estado. "Essas pessoas escolheram o nosso Estado para morar”, afirma Coutinho.(IG)
Comentários
Sou nascido em Belém e conheço bem a realidade em especial do Oeste do Pará. Se vocês do "NÃO" morassem lá e tivessem há 1h15min de boing da capital ou 3 dias pendurado numa rede de barco e sem acesso rodoviário seguramente mudariam seu conceito. Como eu há muito mudei o meu. Ver famílias inteiras viajar muitas vezes para Manaus ou Belém em embarcações de 3 a 4 dias buscando assistência médica, inclusive até morrendo no trajeto é algo de partir o coração (Isso quando tem condições de viajar). Pior ainda é buscar oportunidades de trabalho em Manaus e ser rotulado como paraenses bandidos por uma minoria de idiotas (vcs do "NÃO" já devem ter lido algo a respeito!). Sou paraense de coração, inclusive Belenense e nunca deixarei de ser, mas voto SIM pela dignidade daqueles nossos irmãos que ali vivem.
4 estados, Pará, Tapajós, Carajás e Calha Norte a região Amazônica teria muito mais representatividade na Câmara Federal e no Senado. A bancada Amazônica teria mais poder e poderia desenvolver a região como um todo. A Amazônia teria mais representatividade no cenário nacional acabando com a hegemonia do eixo São Paulo e Rio de Janeiro.
Em Belém e outras regiões do estado existem várias oportunidades de trabalho, não tem portanto tanta necessidade de ir para Manaus, principalmente pelos motivos que tu falas.
Tapajós se vier a ser criado a sua extensão territórial vai ser maior que a França, e a distancia de algumas cidades do interior para a capital vai continuar sendo as mesmas que existem hoje para Belém e que vcs tanto reclamam.
Portanto comterrâneo dividir não é a solução, se os politicos que foram eleitos pela região, e que estão no poder há decadas, tivessem deixado de lado as pelengas que eles criaram com Belém, e tivessem levados recursos para a região a mesma não estaria assim como vc dizem.
Me desculpe mais dividr pobreza não resolve. Há não esqueça de votar contra carajás