Itália e Dulcinéa Paraense são homenageados na Feira do Livro
A poetisa Dulcinéa Paraense será
homenageada na XV Feira Pan-amazônica do Livro que acontece de 2 a 11
de setembro, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia. A quarta feira
de livros mais importante do país, terá como país convidado a Itália.
Serão 4.700 m² que abrigarão 192 standes com uma grande variedade de
livros e títulos de vários gêneros literários.
A cerimônia de abertura terá a
apresentação da Amazônia Jazz Band apresentando músicas italianas e as
presenças confirmadas do Embaixador da Itália no Brasil, Gherardo La Francesca,
e da escritora homenageada, Dulcinéa Paraense.
Na décima quinta edição da
feira, o livro volta a ser o centro da intensa programação. 'Estamos retomando
ao foco, ao principal objetivo do evento, em que o livro volta a ser o
protagonista. Sai a muvuca cultural e entra em cena o autor. Em lugar do
populismo devasso, a seriedade cultural', afirmou o secretário de Cultura,
Paulo Chaves Fernandes.
Entre as atrações confirmadas para
esta 15ª edição estão os jornalistas - e também escritores - Laurentino Gomes,
Daniel Piza, Zuenir Ventura e Leandro Narloch, além da cantora Fafá de Belém,
que apresentará um espetáculo no formato voz e piano, como fundo para letras
que prezam a qualidade literária.
Curiosidade - O
secretário de Cultura relata um fato inusitado: o filósofo Benedito Nunes,
em sua última semana de vida, no leito da Beneficente Portuguesa, foi
consultado por Paulo Chaves sobre três escritores indicados para ser o
homenageado nesta edição. Em voz baixa, audível e sem titubear: Dulcinéa
Paraense.
Homenageada - Dulcinéa
Lobato Paraense nasceu em Belém, em 2 de janeiro de 1918, onde teve uma intensa
produção literária. Em seguida, saiu pelo país a mostrar seu talento. Radicada
no Rio de Janeiro, completou em janeiro último, 93 anos. É autora de: Semeadura
de versos e de sonhos, Momentos íntimos, Dez cenas brasileiras, Flor revelada,
Mística, Momentos e Estrela de vidro.
Itália - A imigração italiana na
Amazônia se destaca no período econômico e social do final do século XIX, com a
produção da borracha no auge (Ciclo da Borracha 1979/1912), respondendo por 40%
das exportações brasileiras, com a circulação de riquezas, os avanços da
tecnologia e modelos da urbanização, o modo de vida, a literatura, os hábitos e
costumes que deixaram marcas. No estado do Pará, a benéfica influência italiana
continuou em vários segmentos no decorrer dos anos, sobretudo na arquitetura,
com a presença forte de Antonio Landi, e na pintura com Domenico De Angelis.
A Itália, suas criações
literárias, o cinema e a música, serão apresentados na Pan-Amazônica em 2011,
com a presença de convidados italianos, e parcerias com instituições como a
Universidade Federal do Pará, Casa dos Estudos Italianos, além de apoio
empresarial local. (Com informações da Agência Pará)
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