Governo não vai a reunião sobre Belo Monte na OEA, diz Itamaraty
O governo brasileiro
decidiu não enviar representantes à audiência convocada pela Organização dos
Estados Americanos (OEA) para tratar sobre o processo de licenciamento e
construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
A reunião, feita pela
Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) será fechada e foi marcada
para a próxima quarta-feira (26), em Washington, nos Estados Unidos.
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Apesar do convite
feito ao governo na semana passada, o Ministério das Relações Exteriores
rejeitou a participação. Segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, o
governo brasileiro vem cumprindo com os pedidos feitos pela OEA, que incluem a
apresentação de estudos sobre o impacto ambiental da usina e o contato com
comunidades indígenas atingidas.
Em nota, organizações
que representam comunidades indígenas, também convidadas, criticaram o governo.
Segundo elas, "a decisão expõe a covardia de um governo que, sabendo das
ilegalidades e arbitrariedades cometidas no processo de licenciamento e
construção de Belo Monte, evita ser novamente repreendido publicamente pela
comissão".
Ainda na nota,
acrescentam que "o Estado brasileiro dá ao mundo um triste exemplo de
autoritarismo e truculência, deixando claro que o país estará fechado para o
diálogo quando for contrariado em instâncias internacionais".
Assinam o documento o
Movimento Xingu Vivo para Sempre, Justiça Global, Sociedade Paraense de Defesa
dos Direitos Humanos, Prelazia do Xingu, Conselho Indigenista Missionário,
Dignitatis - Assessoria Técnica Popular, Movimento de Mulheres de Altamira
Campo e Cidade, Rede Justiça nos Trilhos, Associação dos Indígenas Juruna do
Xingu do km 17, Mutirão pela Cidadania e Mariana Criola - Centro de Assessoria
Popular. (Do G1, com informações da Agência Estado)
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