Separatistas são acusados de distribuir bonés durante campanha no Pará

A frente contra a criação dos estados de Carajás e Tapajós ingressou com uma representação no Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) acusando os separatistas de terem distribuído brindes durante a campanha do plebiscito sobre a divisão do Pará. A consulta será realizada dia 11 de dezembro e a legislação proíbe doação a eleitores durante uma campanha eleitoral.
De acordo com o advogado Vitor Fonseca, representante da frente do “não”, bonés com as cores e o número das campanhas das frentes pró Carajás e pró Tapajós foram doados a eleitores nas cidades que farão parte destes dois estados. O material, pela denúncia, foi entregue pelo Instituto Pró-Estado de Carajás (IPEC), uma das entidades que lideram a campanha pró-Carajás. “Quando tivemos a informação, resolvemos representar a frente por conduta vedada”, afirmou Vitor Fonseca. A frente contra a divisão do Pará não soube informar a quantidade de bonés distribuídos, nem para quantas cidades eles foram enviados.
Como uma eleição normal, durante a campanha do plebiscito é vedada a “confecção, utilização, distribuição de chaveiros, bonés, camisetas, brindes, cestas básicas ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor”, conforme prevê o art. 39 da Lei 9.504/97. A representação da frente contra a divisão do Estado foi protocolada no TRE durante o final de semana passado. A matéria tem como relatora a juíza auxiliar Eva do Amaral Coelho e já foram expedidas as notificações para apresentação de defesa para as frentes pró Carajás e Tapajós. Essa foi a primeira denúncia de “corrupção eleitoral” durante a campanha do plebiscito.
O presidente da Comissão Brandão, José Soares de Moura, entidade integrante da frente pró-Carajás negou que houvesse a distribuição de bonés ou brindes pelos separatistas. Ele até ironizou a representação impetrada pelos unionistas. “Se houve distribuição de boné, eu quero um também”, disse Soares. “Agora, uma denúncia vinda da frente contra não me surpreende. Eles querem criar um factoide”, complementou. (IG)

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