Viva a hipocrisia! O caso Daniela Cordovil
Todos os veículos de
comunicação regionais e nacionais noticiaram o “destempero” da professora Adjunta I da Universidade do Estado do Pará, Daniela Cordovil. Não vou querer relatar o caso, afinal não
agüentamos mais uma narração do episodio que foi intensivamente explorado pela
mídia, até a última gota.
Mas não podemos ler e
assistir as reportagens vinculadas, e creditarmos fielmente nas versões, pois
se lembre: quanto maior o escândalo, maior a audiência.
Quem nunca se irritou
com a intransigência de um vigilante na porta de uma agência bancaria ou de um
órgão público? Não lembra? A porta giratória do banco travou apenas na sua
vez. E agora, lembrou? Sua raiva
provavelmente de ter chegado ao seu estado máximo. Ao ponto de você quase
perder o controle.
Não quero com isto
defender que nos momentos de raiva possamos ofender vigilantes ou
mesmo partir para a
agressões físicas, apenas provar a você que as imagens(13 segundos) do descontrole
da professora Daniela, não foram do nada. É claro que a mídia sensacionalista
vai querer esconder os procedentes, mas tenho certeza que meu leitor não é mais
um ignorante e sabe muito bem interpretar os fatos.
Quem é Daniela Cordovil?
Daniela Cordovil
Corrêa dos Santos, 34 anos, possui graduação em Ciências Sociais (2000), Mestrado (2002) e Doutorado (2006)
em Antropologia Social pela Universidade de Brasília. Atuou como Antropóloga no
Instituto Brasileiro de Colonização e Reforma Agrária (2006), como Bolsista de
Desenvolvimento Científico Regional na Universidade Federal do Amapá (2007) e
como Antropóloga da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Pará (2008 e
2009). Atualmente é Professora Adjunta I da Unversidade do Estado do Pará, onde
também é docente e membro do Colegiado de Curso do Programa de Pós-Graduação em
Ciências da Religião.Tem experiência na área de Antropologia Política e
Antropologia da Religião, atuando principalmente nos seguintes temas: direitos
humanos, cidadania e religiosidade afro-brasileira.
O que foi omitido!
Deixo a cargo de meu
amigo blogueiro Thiago Souza
“Vamos aos fatos. Chegando a
universidade encontrei com um aluno que presenciou a cena e o que ele pode-me
dizer é que a professora chegou depois das 18h00h no portão principal do CCSE –
Centro de Ciências Sociais e Educação, para tentar colocar para dentro uma
professora também pesquisadora que estava indo para participar de atividades
referentes à pesquisa e que foi barrada na entrada por um grupo de alunos e
impedida de entrar pelo porteiro, depois disso teria se iniciado uma discussão
entre eles referente à greve dos professores que iniciou na UEPA desde o dia 12
de setembro, mas o negócio realmente pegou fogo quando a professora começou a
desqualificar a greve. Trocas de ofensas de ambos os lados, a professora teria
dito aos gritos que tanto o porteiro quanto um dos alunos, que era o mais
agitador, eram “macacos” que segundo a própria professora teria o sentido de
dizer que eles não conseguem pensar sozinhos e por isso são usados pelos outros
para agir em situações como a greve dos professores.”
Você está surpreso! Não sou parente da professora Daniela ou
aluno, apenas um jovem blogueiro.
Todos os alunos e amigos
da professora, Daniel Cordovil, afirmam que ela durante toda sua carreira foi
defensora dos direitos dos negros e sempre em sala de aula contraria ao racismo
e a intolerância religiosa. Ah! Uma educadora amável e respeitada. Para você ter
uma idéia, a professora, esteve envolvida na luta pela posse de terra de
quilombos. Sem falar nos inúmeros prêmios nacionais recebidos.
Curiosidades do caso
“O
que mais me deixa confuso com essa história toda são as contradições do caso. O
porteiro disse a delegada e a reportagem do Diário On-line DOL que não ouviu a
professora chamá-lo de macaco e que ela teria o ofendido, mas com outras
palavras e depois na reportagem que foi ao ar no Fantástico, da Rede Globo, ele disse estar hiper abalado
e que não teria dormido depois de ouvir a professora chamar-lhe de macaco.
Outra se refere ao fato de terem gravado oito vídeos diferentes de toda a
confusão, mas, no entanto, o vídeo que foi publicado é um vídeo editado de 13
segundos onde aparece
um aluno incitando a professora que esbraveja e chama-o de macaco após fazer
gestos obscenos.”
Não existe o curso divulgado
O nome do curso é Ciências
da Religião (publicado erroneamente pela imprensa como Ciências da Religião de
Matriz Africana, o que não existe)
O aluno entrevistado na UEPA
O que me casou surpresa
foi à entrevista de um universitário da UEPA, que exigia a suspensão da
professora. Este mesmo aluno é investigado pelo Ministério Público Estadual,
por desvio de recursos destinados a bolsas de pesquisas, ele pode até não ser
racista, mas é corrupto.
É evidente que a professora errou ao insultar o porteiro e o aluno,
mas não queiram qualificar o caso como RACISMO!
Comentários
O ruim de tudo, é que quando colocamos uma opinião parecida com a minha ou com a sua, já irão nos caracterizar racistas...
Mas na minha opinião, um (dois ou mais) erro (s) não justifica o outro.
Como pode alguém colocar a mão no fogo por uma racista barata dessas?
Amigo, a imprensa só fez o papel dela, inclusive foram na casa da "professora" ouvir suas explicações, não venhas inventar fatos de que a imprensa editou a imagem, escolheu o vídeo... blah blah blah... a não ser que tu adores conspirações.
Queria ver se fosse algum parente do auto-intitulado "intelectual" Lucas Nogueira vítima de racismo, se ele criaria um post defendendo o agressor.
Engraçado que o mesmo acusa a imprensa de forjar, editar, manipular fatos, porém ataca gratuitamente e sem prova alguma o aluno que fez a filmagem, sem ao menos nem citar seu nome.
Fui monitor da disciplina da professora Daniela Cordovil no final de 2011, fiquei surpreso em saber da atitude dela, pois ela não demonstrava ser uma pessoa desequilibrada e ter atitudes discriminatórias. No entanto o seu ato não é justificável e não o tolero. Como seria a sociedade se todo mundo quando chegasse a um nivel de estrece elevado por qualquer motivo, fosse grosso e tomasse uma atitude com a da professora, eu iria ofender todo dia um, porque passo mais de uma hora dentro de um ônibus lotado para chegar no trabalho.
Agora Lucas você fala que o seu blog é democrático, mas democrático para quem? Apresente o Paulo de Paula também, fala do curriculo dele e mostre as provas que existem contra ele, sei que mostrar provas vai ser difícil porque não há.Estive na luta com o meu grande amigo Paulo na UEPA e nele eu confio.