MP pede quebra de sigilo de envolvidos no caso AL
O Ministério Público do Estado (MPE),
por meio do promotor de justiça Arnaldo Célio da Costa Azevedo, protocolou hoje
(18) na Justiça estadual, às 13h40, medida cautelar pedindo a quebra do sigilo
fiscal, bancário e sequestro de bens móveis e imóveis, de 26 pessoas envolvidas
nas fraudes da folha de pagamento da Assembleia Legislativa do Estado (Alepa).
A medida foi tomada dentro da denúncia criminal ajuizada no dia 1º de julho e
que tramita na 12ª Vara Criminal de Belém.
A decisão de pedir a quebra dos
sigilos e sequestro de bens tem o objetivo de descobrir o caminho seguido pelo
dinheiro desviado e resgatar os valores para os cofres públicos. Segundo o
promotor de justiça Arnaldo Azevedo, a medida judicial “é de natureza invasiva
e busca em verdade, rastrear o caminho do dinheiro do erário, a fim de
resgatá-lo e devolvê-lo ao seu real proprietário que não é outro senão o povo
paraense”.
As denúncias de fraudes na Alepa,
formuladas pelo Ministério Público, surgiram após as investigações iniciadas em
março deste ano. Após a grande operação de busca e apreensão de documentos
ocorrida em 19 de abril e os depoimentos de várias pessoas envolvidas, que
originaram novas apreensões, as provas colhidas levaram ao oferecimento de duas
denúncias criminais. A primeira, por fraudes em licitações, foi protocolada em
22 de junho; a segunda, por fraudes na folha de pagamento, ajuizada em 1º de
julho. A cautelar de hoje diz respeito à segunda denúncia.
Foram requeridos a quebra dos sigilos
fiscal, bancário e sequestro de bens de: Daura Irene Xavier Hage (funcionária
efetiva da Alepa), Elzilene Maria Lima Araújo (funcionária comissionada da
Alepa), José Robson do Nascimento (ex-deputado estadual), Rosana Cristina
Barleta de Castro (chefa do controle interno da Alepa), Sérgio Duboc Moreira
(ex-diretor financeiro da Alepa), Mileny Vânia Carneiro Rodrigues (funcionária
comissionada da Alepa), Maria Genuia Carvalho de Oliveira (ex-diretora
financeira da Alepa), Edmilson de Souza Campos (ex-chefe de gabinete Civil da
Presidência da Alepa), Semel Charone Palmeira (ex-chefe de Gabinete Civil da
Presidência da Alepa), Jorge Moisés Caddah (ex-funcionário comissionado da
Alepa), Amaury Martins Palmeira, (marido de Semel Charone Palmeira); Danielle
Naya Xavier Hage (filha de Daura Hage, residente em Recife, consta da folha de
pagamento da Alepa); Larissa Rebeca Hage Paraense, Adailton dos Santos Barboza
(ex-funcionário da Alepa, pessoa que recebia contracheques de fantasmas),
Therezinha De Jesus Guimarães Palmeira (avó de Semel Charone constava na folha
de pagamento da Alepa), Romero Pereira da Silva (parente de José Robson,
constava na folha de pagamento da Alepa com valores indevidos); Jucimara
Henrique do Nascimento (parente de José Robson, constava na folha de pagamento
da Alepa com valores indevidos); Maria Margarete Nascimento Silva (parente de
José Robson, constava na folha de pagamento da Alepa com valores indevidos);
Kelly Karina Nascimento Silva (parente de José Robson, constava na folha de
pagamento da Alepa com valores indevidos); Maria Robervânia Matias Lima
Nascimento (parente de José Robson, constava na folha de pagamento da Alepa com
valores indevidos); José Marcos Nascimento (parente de José Robson, constava na
folha de pagamento da Alepa com valores indevidos); Letícia De Paula Lima
Araújo (irmã de Elzilene Araújo constava da folha de pagamento da Alepa com
valores indevidos); Elzilene Maria Lima Araujo; Francisco Luzinor Araujo (irmão
de Elzilene Araújo constava da folha de pagamento da Alepa com valores
indevidos); Francisco Neuzitor Lima Araujo (irmão de Elzilene Araújo constava
da folha de pagamento da Alepa com valores indevidos); Romulo Augusto da Silva
(parente de José Robson, constava na folha de pagamento da Alepa com valores
indevidos) e Maria Evanilda Martins Palmeira (sogra de Semel Charone, a qual
constava na folha de pagamento da Alepa como funcionário fantasma).
Uma terceira denúncia criminal deverá
ser oferecida na semana que vem, após o encerramento da análise documental que
está sendo feita pelo Ministério Público do Estado. Desta vez será incluído o
ex-deputado Domingos Juvenil, que presidiu a Alepa durante quatro anos. (Ascom
MPE/PA)
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