Centro histórico de Belém é tombado pelo Ministério da Cultura
O Diário Oficial da União publicou quinta-feira (10) uma portaria do Ministério da Cultura que homologa o tombamento do conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico dos bairros da Cidade Velha (foto) e Campina, no centro histórico de Belém. A área tombada forma o núcleo de povoamento inicial da cidade. A ocupação da região remonta à conquista da foz do Rio Amazonas, no início do século 17. No apogeu do ciclo da borracha, entre 1890 e 1920, Belém foi uma das cidades mais prósperas do mundo.
Antes desta decisão, o centro
histórico de Belém possuía 23 bens tombados em nível federal, com cerca de 800
imóveis protegidos. Com a proposta aprovada pelo Conselho, 2,8 mil edificações
passam a estar sob a proteção do
governo federal. A área protegida alcança três mil edificações nos bairros de
Cidade Velha e Campina. O processo de tombamento foi elaborado pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério
da Cultura.
De acordo com parecer do Departamento
de Patrimônio Material do Iphan, os dois bairros, protegidos por elementos
naturais como baía, igarapé e alagadiços, constituem, ainda hoje, um dos
maiores e mais íntegros conjuntos urbanos do
país, segundo informa o site da instituição.
Para o tombamento, levou-se em conta,
ainda, que o conjunto formado pela trama da cidade consolidada entre os séculos
17 e 18 – com igrejas e suas torres, largos e praças, coretos, mercados e
feiras - em interação com a Baía de Guajará, é suficientemente expressivo para
retratar a história urbana de Belém. O centro histórico é um cenário que remonta
ao ano de 1616, quando os portugueses expulsaram, definitivamente, os franceses
do território brasileiro e a cidade de Belém tornou-se o elemento de ligação
entre o Rio Amazonas e o mar, possibilitando a posse de toda a Amazônia.
Graças à posição estratégica, a
capital paraense foi transformada, à época, no maior entreposto comercial das
riquezas produzidas na região.
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